/// Segurança da Informação

5 tendências sobre o futuro da privacidade de dados

Surgiram algumas tendências relacionadas a diversas áreas e atividades das empresas e pessoas que visam garantir a proteção dos dados pessoais. Acesse!

Data de Publicação: 18/05/2022

Desde agosto de 2020, período em que a LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados) entrou oficialmente em vigor, os empreendedores brasileiros passaram, obrigatoriamente, a se preocupar com a proteção dos dados pessoais dos usuários.

Isso porque, a indústria ilegal de venda de dados, incluindo os sensíveis, tem crescido exponencialmente e escancarado o fato de que a segurança da informação não deve mais ser vista como um custo, mas sim, como um investimento.

Nesse cenário, surgiram algumas tendências relacionadas a diversas áreas e atividades das empresas e pessoas que visam garantir a proteção dos dados pessoais. Compilamos as principais e listamos no artigo a seguir. Siga com a leitura e confira no CodeBlog.

 

1. Os EUA como protagonistas do ocidente

Não é novidade que os Estados Unidos sempre foram ditadores de tendências tecnológicas. Em relação à privacidade dos dados, não é diferente.

Recentemente, o estado de Utah assinou a sua Lei de Privacidade, seguindo o mesmo caminho da Califórnia, Colorado, Virgínia e outros estados que estão próximos de ter suas regras aprovadas.

O poder político do país assegura que acordos gigantescos sejam firmados, como o recente estabelecido com a União Europeia, que passou a permitir que empresas norte-americanas realizem o tratamento de dados pessoais de cidadãos dos países membros da UE, como forma de estimular o maior respeito à privacidade e à proteção de dados. Firmado em março de 2022, o acordo substituiu o “Privacy Shield”, revogado em 2021, após diversas irregularidades serem denunciadas no caso “Shrems II”.

Por mais que, inicialmente, essas propostas sejam elitizadas, é só questão de tempo para que outras nações passem a se interessar por elas. Afinal, em um mundo globalizado, os desafios também são globais.

 

2. A Privacidade como diferencial

Várias empresas passaram a utilizar a privacidade como um diferencial competitivo na venda de produtos e serviços. Inclusive, recentemente, o Itaú passou a veicular campanhas e comerciais com foco na proteção de dados pessoais.

Por ser um tema relativamente novo, muitos usuários ainda não têm conhecimento sobre a proteção de dados e se sentem inseguros em realizar cadastros ou transações on-line.

Por isso, é responsabilidade das empresas criarem medidas visando informar as pessoas, até porque, é nítido que os tempos de incertezas devem demorar a passar.

Futuramente, o mercado pode atropelar as empresas que não operam em conformidade e cuidado com dados pessoais. Por isso, é importante que elas passem a se posicionar de forma mais segura e contem com profissionais de proteção de dados trabalhando pela conscientização do tema na sociedade.

 

3. Plataformas de privacidade

Se, antigamente, grandes empresas eram gerenciadas com simples planilhas de Excel, hoje em dia, com ferramentas como ERP, CRM, softwares inteligentes, Business Intelligence e computação em nuvem, isso é inimaginável.

O mesmo ocorre com a gestão de privacidade das organizações. Muitas delas, ao iniciarem o processo de adequação às normas globais de privacidade apostam em serviços terceirizados voltados à consultoria jurídica ou de segurança da informação.

Afinal, quando um negócio não conta com uma plataforma de privacidade, o resultado da adequação ocorre de maneira estática, a partir de uma série de planilhas e documentos que, provavelmente, precisarão de manutenção constante para que possam ser úteis.

 

4. O papel dos cookies

De fato, você já deve ter reparado que, ao visitar qualquer website pela primeira vez, esbarra com uma conhecida mensagem solicitando a permissão para a utilização de monitoramento de cookies.

Os cookies apresentam inúmeras funcionalidades úteis para os websites e aplicações e, quando sozinhos, eles não são os vilões da proteção de dados pessoais.

Contudo, as empresas podem utilizar cookies de terceiros para armazenar informações de navegação relacionadas a determinado usuário e agrupar esses dados para o oferecimento em diversos portais e redes sociais utilizadas por ele.

Já reparou que, algumas vezes, você pesquisa por um determinado serviço ou produto na internet e passa a ser perseguido por ofertas dele o tempo inteiro? Pois então, umas das técnicas que permite que isso ocorra é justamente o tratamento de dados pessoais através de cookies.

Várias versões de navegadores passarão a bloquear esses tipos de cookies e, naturalmente, a tendência é que a utilização dessa metodologia, quando voltada para campanhas de marketing, seja totalmente extinta nos próximos anos.

 

5. Revoluções na IA (Inteligência Artificial)

O futuro, sem dúvidas, já começou. Você pode até não ter se dado conta, mas, em muitos lugares que frequentamos, nossos rostos são capturados e analisados, seja para averiguar se estamos em uma base de dados de fugitivos, ou apenas para identificar se nos sentimos felizes ou tristes ao olhar para determinado anúncio.

Acontece que, nem todo sistema de reconhecimento facial respeita a proteção de dados, inclusive, no universo digital transbordam notícia de polêmicas ligadas à utilização dessas tecnologias para reconhecimento facial por conta da imprecisão das decisões das máquinas, que dependem de exemplos que, nem sempre, refletem a realidade.

Nesse sentido, é certo que a utilização de IA passará por revoluções tanto técnicas (em uma progressão geométrica) quanto legislativas. Pode ser que elas não ocorram tão rapidamente, mas, com certeza, terão como foco principal a redução do impacto às liberdades e aos direitos fundamentais dos titulares de dados.

 

Enfim, curtiu descobrir as 5 tendências sobre o futuro da privacidade de dados? Na sua opinião, qual delas é a mais promissora?

Se esse artigo foi interessante para você, continue de olho no blog da CodeBit. Em breve, teremos muitas novidades por aqui.

Um grande abraço e até o próximo post!

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