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Por dentro do WCAG: saiba mais sobre os padrões de acessibilidade do conteúdo web

Se você tem um site ou divulga qualquer tipo de conteúdo na internet, muito provavelmente, deseja que ele esteja disponível para a maior quantidade possível de usuários.

Postado em 24/05/2023

Se você tem um site ou divulga qualquer tipo de conteúdo na internet, muito provavelmente, deseja que ele esteja disponível para a maior quantidade possível de usuários. Por isso, cuidar da acessibilidade é uma forma de garantir que pessoas com dispositivos diferentes e, principalmente, portadoras de necessidades especiais, possam absorver e, até mesmo, serem impactadas pelos seus produtos e serviços no universo digital. Nesse contexto, conhecer o WCAG é fundamental.

A sigla em inglês para Web Content Accessibility Guidelines (Diretrizes de Acessibilidade de Conteúdo da Web) aborda as diretrizes de acessibilidade para o conteúdo da web em todo o mundo.
O documento, disponível on-line e gratuitamente, apresenta diversos direcionamentos para a construção de sites, apps e plataformas acessíveis. Contudo, como a linguagem utilizada é mais direcionada aos programadores, muitas pessoas têm dificuldade em compreender todas as orientações. Pensando nisso, nós, do CodeBlog, criamos esse artigo com o objetivo de facilitar o entendimento sobre as diretrizes de acessibilidade. Siga com a leitura e confira:

A abrangência do WCAG:

Quando o assunto é acessibilidade digital, é preciso levar em conta a diversidade do público presente na internet.
No caso das pessoas portadoras de deficiência visual, por exemplo, é essencial a presença de conteúdos com descrições alternativas.
Em contrapartida, os usuários portadores de deficiência auditiva só consomem conteúdos que são traduzidos para a linguagem de sinais.
Esses são apenas alguns dos casos que são considerados e abordados pelo documento, que contém inúmeras especificações, justamente para abranger todos os públicos da maneira mais completa e efetiva possível.

Por dentro do WCAG

O WCAG é dividido em quatro princípios: perceptível, operável, compreensível e robusto, cada um com as suas respectivas recomendações. Saiba mais sobre eles nos próximos tópicos:

Perceptível

De acordo com o primeiro princípio do WCAG, é essencial que os conteúdos web sejam apresentados em múltiplos formatos. Isso significa que as imagens devem ser acompanhadas de descrições alternativas, os vídeos devem ter legendas e os códigos HTML devem ser compreensíveis por leitores de tela.
Essas práticas garantem que um conteúdo não fique restrito a apenas um formato, tornando-o acessível a um público mais amplo.

Operável

Um site, aplicativo ou ferramenta operável deve permitir que todos os usuários realizem ações sem enfrentar barreiras ou dificuldades de acesso.
Para alcançar essa acessibilidade, é necessário ajustar a codificação HTML para suportar a navegação pelo teclado.
Além disso, a velocidade da página desempenha um papel importante e deve ser equilibrada, isto é, nem muito rápida, nem muito lenta.
É igualmente importante manter uma organização adequada dos cabeçalhos e evitar elementos que possam desencadear ataques epiléticos, como cores muito vibrantes, iluminação muito intensa ou pop-ups em excesso.

Compreensível

O terceiro princípio do WCAG é focado, especialmente, nos conteúdos textuais de sites e aplicativos. Para isso, enfatiza a importância de usar fontes legíveis e uma linguagem clara e objetiva, evitando expressões muito especializadas ou de nicho.
Essas medidas tornam os textos mais acessíveis para pessoas com deficiências intelectuais, como dislexia, TDAH, Síndrome de Down e outras. Além disso, beneficiam também os usuários que não estão familiarizados com o assunto abordado ou enfrentam dificuldades de leitura ou interpretação.

Robusto

O último princípio apresenta determinações específicas sobre a codificação das plataformas. De acordo com as diretrizes do WCAG, todo o HTML deve estar apto e devidamente alinhado para rodar tecnologias assistivas e possibilitar a navegação por meio do teclado - o que é fundamental para pessoas portadoras de deficiência motora.

Recomendações

Todos os princípios citados acima contam ainda com recomendações, que são niveladas pelos chamados “critérios de sucesso” - classificados por níveis de conformidade:

A: (prioridade 1)

Envolve os critérios mais simples, que representam as maiores barreiras de acessibilidade.

AA: (prioridade 2)

Apresenta recomendações mais amplas e abrangentes, capazes de tornar um site mais acessível para a maioria dos usuários.

AAA (prioridade 3):

Abrange a otimização de todas os níveis anteriores e apresenta especificações mais ricas e detalhadas, que aprimoram a acessibilidade e a experiência do usuário.

Para exemplificar, apresentamos uma recomendação atrelada ao terceiro princípio (compreensível).

“3.1.4 Abreviaturas:

Sempre que houver uma abreviatura, é necessário disponibilizar um mecanismo para que o usuário possa identificar a forma completa ou o significado das abreviações. (Nível AAA)”

Informações gerais

As diretrizes do WCAG foram desenvolvidas pelo consórcio World Wide Web (W3C) ainda em 1999, e passaram por diversas reformulações ao longo do tempo.
O WCAG 2.0, publicado em 2008, é a versão mais recente em português e conta com 78 critérios para tornar-se um produto on-line (site, app, software etc.) acessível para todas as pessoas.
Sem dúvidas, compreender e aplicar as recomendações do WCAG é uma maneira de contribuir para a inclusão digital e oferecer aos usuários experiências mais amplas, acessíveis e satisfatórias.

Para conferir o documento na íntegra, basta clicar aqui.

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Um grande abraço e até o próximo post!