Sem dúvidas, a internet simplificou consideravelmente a troca de informações em todas as áreas de atuação da humanidade e, no campo hospitalar, isso não foi diferente. Contudo, toda essa facilidade também abriu espaço para muitos riscos, como os ciberataques, que vem ameaçando, cada dia mais, a atuação dos hospitais.
Diversos países como EUA, Inglaterra e Brasil viram suas instituições serem invadidas e terem suas atividades interrompidas por conta do comprometimento dos dados e, consequentemente, da vida de milhares de pessoas.
Um exemplo disso ocorreu em 2017, quando cibercriminosos invadiram o Hospital do Câncer de Barretos e exigiram pagamento de resgate para devolver o acesso aos sistemas da instituição. Os hackers queriam receber R$ 995,4 mil para acabar com o “sequestro” dos sistemas do hospital.
Durante o ataque, os colaboradores precisaram seguir com as atividades de forma manual, preenchendo formulários de papel, enquanto mais de 350 pessoas, que aguardavam para realizar procedimentos como radioterapia, precisaram adiar os seus tratamentos.
Fundamental para a sociedade, o setor da saúde movimenta bilhões de dólares anualmente, por isso, atrai os olhares dos hackers, que pretendem lucrar com essas ameaças.
Instituições tão importantes não podem ficar reféns dessas coações, e a única forma de evitá-las é garantir o preparo, o planejamento e a organização necessários para evitar as consequências causadas pela falta de segurança cibernética.
Na prática, gestores e administradores de hospitais precisam se manter atualizados e aderirem às boas práticas de segurança digital para assegurarem que o seu negócio e os seus clientes estejam protegidos.
Descubra a seguir, algumas ações que podem ser tomadas.
Investimento no setor de TI
Por mais óbvia que pareça, essa dica é essencial. Afinal, qualquer negócio ou instituição que dependam da internet para executar as suas operações não devem, jamais, subestimar a segurança da informação.
É preciso considerar que inúmeras informações importantes circulam pela rede e estão sujeitas à interceptação, a roubos e a manipulações.
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Criptografia
De fato, a criptografia é uma das melhores soluções para prevenir invasões e roubos de dados.
Em poucas palavras, ela promove a conversão de dados de um formato legível em um formato codificado. Os dados criptografados só podem ser lidos ou processados depois de serem descriptografados.
A ferramenta assegura que informações relevantes da instituição e dos pacientes não sejam acessadas com facilidade e cria diversas barreiras para impedir a ação dos hackers. Hospitais, clínicas e consultórios médicos lidam, todos os dias, com milhares de dados sensíveis como históricos, prontuários, assinaturas e dados financeiros, por isso, a criação de uma barreira criptográfica auxilia na proteção dessas informações de maneira efetiva.
Assinatura digital
Por mais que o mercado tenha se digitalizado como um todo, a verdade é que muitos hospitais não passaram, de fato, a acompanhar essas inovações.
Diversas instituições dessa área, por exemplo, ainda utilizam assinaturas feitas em papel, que podem ser facilmente roubadas de documentos digitalizados e manipuladas.
Uma boa estratégia para evitar esse tipo de problema é investir nos certificados digitais, que criam uma barreira extra de segurança e garantem que os emissores das assinaturas são, realmente, quem eles dizem ser.
Normas de confidencialidade
Outro problema muito frequente em instituições de saúde é o de confidencialidade. No ano de 2016, a Prefeitura de São Paulo deixou que os dados de mais de 350 mil pacientes ficassem facilmente acessíveis simplesmente por não contar com um protocolo adequado de confidencialidade. Informações como CPF, nomes completos e prontuários podiam ser consultados por meio de pesquisas rápidas e assustadoramente simples.
A boa notícia é que situações como essa podem ser evitadas por meio de um sistema eficiente de regras e procedimentos para documentos digitais. Ao adotar essa solução, os dados passam a ser protegidos dentro de uma plataforma que exige que os usuários insiram uma senha ou palavra-chave para que possam visualizar as informações. Dessa forma, a privacidade dos pacientes é preservada.
Aposte em um sistema de nuvem
Por fim, mas não menos importante, é preciso destacar que os documentos armazenados em arquivos físicos são fáceis de serem perdidos ou corrompidos.
Nesse contexto, o cloud computing é um dos formatos mais seguros para o arquivamento de dados e informações relevantes.
Ao manter todas as transferências de dados em um único sistema, é possível garantir mais segurança no processo e limitar o acesso de pessoas a determinadas informações. Dessa forma, caso haja qualquer falha de segurança, ela pode ser identificada e corrigida com facilidade.
Outra grande vantagem do formato é a preservação de dados, que é devidamente assegurada com o uso da tecnologia. Isso porque, a partir do momento em que são armazenadas, as informações são replicadas em vários servidores, para evitar qualquer tipo de perda ou extravio.
Conclusão
Os hospitais devem estabelecer, sobretudo, uma relação de cuidado, transparência e bem-estar com seus pacientes e funcionários, que confiam sua saúde física nessas instituições. Portanto, nenhum dos riscos mencionados acima deve ser negligenciado.
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Enfim, gostou de descobrir como evitar o vazamento de dados hospitalares?
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Um grande abraço e até o próximo post!
