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Inteligência Artificial

7 tendências de IA que vão transformar a economia em 2026

O que esperar de automação, novos modelos de trabalho, experiência digital e poder computacional na era da inteligência artificial.

Postado em 06/11/2025

Leonardo Fróes

A cada ano, a inteligência artificial deixa de ser uma novidade e se torna protagonista no nosso dia a dia, nas empresas, no mercado e até nas políticas públicas.

Suas aplicações já vão muito além de automação: influenciam decisões estratégicas, transformam produtos e serviços, e reconfiguram setores inteiros da economia.

Para 2026, já é possível antecipar mudanças profundas que vão mexer com tudo: empregos, oferta de produtos, prestação de serviços, regulação e até a forma como lidamos com desigualdades e oportunidades.

Profissionais precisarão se adaptar, empresas terão que inovar rapidamente e a sociedade necessitará repensar comportamentos e expectativas diante de tecnologias cada vez mais inteligentes.

Neste artigo, confira 7 tendências de IA, que provavelmente moldarão a economia em 2026. Ideias que impactam o cotidiano de todos: profissionais, empreendedores e cidadãos comuns.

 

  1. Hiperautomação e RPA Inteligente

A automação está evoluindo para um novo patamar: a hiperautomação, que combina Inteligência Artificial, Machine Learning e ferramentas de low-code.

Em vez de executar tarefas repetitivas, os sistemas passam a compreender o contexto, a tomar decisões e a se adaptar a mudanças, sem intervenção humana.

Empresas de todos os portes já utilizam robôs de software capazes de integrar dados, processar pedidos, gerenciar estoques e até antecipar falhas antes que ocorram. Esse avanço redefine a eficiência operacional e reduz custos em níveis inéditos.

Em 2026, veremos a consolidação de RPAs inteligentes em áreas como finanças, logística, marketing e atendimento, atuando como agentes autônomos que aprendem continuamente com os próprios resultados.

 

  1. Multiagentes e sistemas autônomos

A próxima geração da IA será colaborativa. Em vez de um único modelo centralizado, múltiplos agentes de IA especializados trabalharão em conjunto. Um focado em análise, outro em execução, outro em verificação.

Esses sistemas cooperativos permitem resolver tarefas complexas com mais precisão e rapidez, criando fluxos autônomos de decisão em tempo real.

Na prática, isso significa que cadeias de produção, frotas logísticas e até plataformas financeiras poderão se autogerenciar com base em metas, dados e previsões.

Os sistemas autônomos e de decisão dinâmica serão essenciais em setores de alta complexidade, onde o tempo de resposta é determinante. Em 2026, veremos essa tecnologia integrando desde a gestão energética até o controle de risco em mercados globais.

 

  1. Inteligência Artificial Multimodal

Texto, imagem, voz e vídeo passam a coexistir em uma única estrutura de compreensão.

As IAs multimodais interpretam e geram diferentes tipos de informação simultaneamente, permitindo interações mais naturais entre humanos e máquinas.

Isso abre espaço para aplicações imersivas: plataformas de e-commerce que analisam expressões e emoções durante uma compra; sistemas de diagnóstico médico que combinam voz, imagem e histórico clínico; e assistentes empresariais capazes de entender uma planilha, uma imagem e um comando de voz em uma única solicitação.

A IA deixa de apenas “responder” e passa a entender o contexto completo da experiência humana, impactando desde o relacionamento com clientes até o desenvolvimento de produtos.

 

  1. Experiência digital e atendimento proativo

O relacionamento entre empresas e clientes caminha para um novo estágio. A combinação entre IA generativa, automação e dados comportamentais possibilita experiências proativas e contínuas, nas quais o atendimento se antecipa às necessidades.

Em vez de respostas automáticas, veremos assistentes virtuais conversacionais que entendem emoções, contexto e histórico, oferecendo soluções personalizadas em tempo real.

Do e-commerce aos bancos, a IA será capaz de prever demandas, sugerir produtos, resolver problemas e até iniciar interações — sem esperar pelo contato do cliente.

Essa transformação redefine a ideia de suporte e fidelização, criando jornadas digitais mais humanas, fluidas e inteligentes.

 

  1. Answer Engine Optimization (AEO): o novo SEO

Com a ascensão dos mecanismos de resposta como o ChatGPT e o AI Overviews do Google, o SEO tradicional perde espaço para o AEO (Answer Engine Optimization), focado em otimizar conteúdo para respostas conversacionais.

Em 2026, cerca de 70% das pesquisas de produtos e serviços começarão em plataformas de chat, não em navegadores. Isso muda radicalmente a forma como as marcas se posicionam digitalmente: o conteúdo precisa responder perguntas diretas e contextualizadas, em vez de apenas conter palavras-chave.

A nova estratégia será omnicanal e orientada pelos princípios de E-E-A-T: Experiência, Especialização, Autoridade e Confiabilidade (Experience, Expertise, Authoritativeness, Trustworthiness, em inglês), garantindo que as respostas geradas por IA transmitam credibilidade, precisão e relevância.

Para as empresas, o desafio será adaptar marketing e dados para o formato de conversas, o coração da nova busca digital.

 

  1. Computação especializada e híbrida

A demanda por modelos mais potentes e eficientes está impulsionando novas arquiteturas de processamento.

Entre elas, a computação neuromórfica, inspirada no cérebro humano, e os sistemas híbridos quântico-clássicos, capazes de resolver problemas complexos de otimização e análise de dados.

Essas tecnologias reduzem drasticamente o tempo de processamento e ampliam a capacidade de treinar modelos de IA de larga escala, impulsionando setores como energia, finanças, biotecnologia e mobilidade.

Com governos e empresas destinando trilhões de dólares em investimentos em infraestrutura e chips especializados, a computação se torna um dos eixos mais estratégicos da economia global e o motor silencioso por trás de todas as inovações em IA.

 

  1. IA sustentável

O crescimento exponencial da IA traz um novo desafio: o consumo energético.

Modelos generativos e data centers de larga escala exigem quantidades massivas de energia elétrica. Em 2026, a busca por eficiência se tornará prioridade global.

Governos e empresas já investem em soluções que otimizam o uso de energia, reaproveitam calor de servidores, priorizam fontes renováveis e reduzem a pegada de carbono digital.

Grandes players do setor, como AWS, Google e Microsoft, têm metas de neutralidade de carbono para 2030, e a IA será parte central dessa transição, tanto como ferramenta de gestão energética quanto como área a ser otimizada.

Para 2026, há uma única certeza: vamos nos surpreender.

Seja pela velocidade das inovações, pela forma como o ser humano se adapta a elas ou pelos novos caminhos que a IA vai abrir.

O impacto econômico será apenas um reflexo do que realmente está em jogo: a transformação profunda da relação entre pessoas e tecnologia.