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Terceiro Setor

As ONGs brasileiras não se importam com a tecnologia da informação?

O número de ONGs que se preocupam com a segurança de seus dados é mínimo. Descubra os motivos e os impactos causados por esse desinteresse!

Postado em 10/09/2021

Sem dúvidas, não há mais como resistir nem como ignorar o mundo conectado em que vivemos. Com a tecnologia cada vez mais dominante, a segurança da informação torna-se ainda mais essencial. Afinal, com medidas restritivas e protetoras, é possível evitar grandes problemas, não só na gestão de empresas, como também na administração de ONGs e de entidades filantrópicas, como roubos de dados pessoais, invasões a contas bancárias e outros tipos de golpes, que se tornam, a cada dia, mais frequentes.

Embora essa preocupação seja necessária, no Brasil, o percentual de pessoas e instituições que se preocupam com a segurança de seus dados ainda é mínimo. E quando o foco são as organizações do terceiro setor, o número se torna ainda menor.

De fato, o descuido ocorre por conta do desconhecimento e também da desvalorização e da resistência à tecnologia.

Isso porque, muitos gestores acreditam que investir em segurança digital envolve processos caros e burocráticos. Mas, na realidade, não é bem assim. Afinal, existem inúmeras ferramentas direcionadas à segurança da informação, como antivírus, armazenamento em nuvem (ou cloud computing) e backups seguros, que são bastante eficientes, desde que sejam adotadas e utilizadas de maneira correta.

Contudo, o maior desafio é realmente transformar a mentalidade dos fundadores e diretores das Organizações Não Governamentais para que eles acreditem que, ao adotar essas soluções, estarão, realmente, protegendo, não apenas os seus dados, como também resguardando as informações dos doadores, parceiros, voluntários e fornecedores.

 

Por que as ONGs brasileiras não se importam com a tecnologia da informação?

Existem inúmeras razões para as entidades do terceiro setor ignorarem a segurança da informação. A primeiras delas envolve questões financeiras, visto que a maioria das ONG’s realmente não tem uma reserva de fundos para investir nessas tecnologias. Por conta da ausência de planejamento prévio e captação de recursos para solucionar esse conflito crítico, muitas organizações deixam seus dados expostos e suscetíveis às temidas invasões.

Outro fator relevante para a não adoção da tecnologia da informação nas ONGs é a falta de equipamentos. Em muitos casos, as máquinas utilizadas pelas entidades são doadas por terceiros e utilizadas por várias pessoas que não têm esses dispositivos em casa (até como forma de promover a inclusão social). Com computadores antigos e limitados, fica ainda mais fácil escancarar as informações internas e simplificar a ação dos invasores.

Além disso, levando em conta os fatores mercadológicos, é impossível não mencionar o baixo interesse das empresas de tecnologia no desenvolvimento de ferramentas de segurança da informação para o terceiro setor. Claro que existem exceções, como a própria Codebit, que é especialista no desenvolvimento de soluções tecnológicas personalizáveis para o terceiro setor. Mas, de modo geral, o interesse neste mercado é baixo.

Claramente, diversas outras questões, como o perfil da força de trabalho, a estrutura organizacional e a própria resistência por parte dos administradores atrapalham a aplicação de ferramentas de segurança da informação nas instituições. Entretanto, ignorar ou resistir a essa urgência pode não ser o melhor caminho.

 

Os riscos da subestimação da segurança da Informação

Em resumo, os processos de segurança da informação se referem às técnicas de identificação de riscos e ameaças, rotinas de mitigação de vulnerabilidades e ameaças e práticas para prevenir ataques e a criação de novas vulnerabilidades. Diante do avanço tecnológico e dos vazamentos de informações e de ataques constantes às pessoas físicas, pequenas, ou grandes empresas, fica evidente que os dados dos usuários devem ser tratados de maneira segura, íntegra e, principalmente, sigilosa.

Por mais que investir nessas soluções envolva alguns custos, ignorá-las pode sair ainda mais caro, isso porque, além das medidas adicionais de segurança que devem ser adotadas após um ataque, resistir a essas soluções gera impacto negativo nas relações públicas de uma instituição. Afinal, muito provavelmente, a ONG perderá a confiança de parceiros, de voluntários e de doadores após sofrer um ataque virtual que poderia ser evitado.

Enfim, se você gostou de descobrir os motivos e os impactos do desinteresse do terceiro setor em relação à tecnologia da informação, aproveite e compartilhe esse artigo em suas redes sociais. Com certeza, essas informações podem ajudar muitas instituições a se atentarem sobre os perigos que envolvem essa resistência.

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