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Saúde

AWS Computing: impulsionando pesquisas em IA na saúde

O potencial transformador que o acesso à computação em nuvem pode ter para pesquisas científicas, especialmente na área de Inteligência Artificial voltada para a saúde, são essenciais para impulsionar a ciência brasileira

Postado em 30/04/2025

Leonardo Fróes

A transformação digital na área da saúde está se intensificando a passos largos, e a inteligência artificial (IA) tem ocupado um papel de destaque nesse cenário. Com aplicações que vão desde o diagnóstico precoce até a predição de epidemias, a IA promete revolucionar a medicina moderna. No entanto, para que os modelos avancem, é necessário enfrentar uma barreira crítica: a infraestrutura computacional. Nesse contexto, os serviços de computação em nuvem da AWS - Amazon Web Services se mostram uma solução robusta, escalável e acessível, oferecendo o suporte necessário para viabilizar pesquisas de ponta em instituições brasileiras.

O papel da nuvem na superação das barreiras da ciência brasileira

A pesquisa científica no Brasil, embora repleta de talentos e ideias promissoras, frequentemente enfrenta desafios estruturais. Limitações de hardware, falta de escalabilidade e dificuldades no armazenamento de grandes volumes de dados criam gargalos no desenvolvimento de soluções baseadas em IA. A computação em nuvem da AWS atua como uma ponte tecnológica, permitindo que pesquisadores acessem recursos sob demanda e em larga escala, sem depender de investimentos massivos em infraestrutura local.

Desde 2019, a parceria entre o CNPq e a AWS tem sido uma importante aliada da ciência nacional. Ao conceder créditos em nuvem para pesquisadores de universidades e centros de inovação, essa iniciativa tem permitido a execução de projetos que antes esbarravam em limitações técnicas e orçamentárias. O impacto é notório, especialmente em áreas sensíveis como o estudo de doenças negligenciadas, diagnósticos médicos e desenvolvimento de soluções para a saúde pública. 

Um dos exemplos mais relevantes é o trabalho da professora Patricia Takako Endo, da Universidade de Pernambuco, cujo grupo utilizou os recursos da AWS para desenvolver modelos de classificação de arboviroses e predição de epidemias. Durante a pandemia, os créditos da AWS foram fundamentais para manter os experimentos, mesmo diante da alta demanda computacional. Aplicações como o VALERIA, um assistente de diagnóstico clínico para doenças como dengue, Zika e chikungunya, só foram possíveis graças ao poder computacional da nuvem.

IA na saúde: precisão, velocidade e impacto social

A inteligência artificial tem sido essencial para elevar a precisão de diagnósticos e acelerar processos médicos. Modelos baseados em machine learning conseguem identificar padrões complexos em exames de imagem, como ressonâncias e tomografias, com alto nível de exatidão, muitas vezes detectando anomalias que passariam despercebidas em uma análise tradicional. Essa precisão contribui diretamente para tratamentos mais eficazes e decisões clínicas mais seguras.

A velocidade também é um diferencial decisivo. Soluções de IA processam grandes volumes de dados em segundos, reduzindo o tempo de resposta em situações críticas e aumentando a eficiência no atendimento. Isso se reflete, por exemplo, na triagem de pacientes em pronto-socorros, na análise automatizada de exames laboratoriais e na gestão de leitos hospitalares, onde algoritmos preditivos antecipam picos de demanda.

No campo social, o impacto é ainda mais amplo. A IA tem potencial para democratizar o acesso à saúde, levando diagnósticos remotos e predições epidemiológicas a regiões onde especialistas são escassos. Ao fornecer infraestrutura de ponta para universidades e centros públicos de pesquisa, reduz-se a dependência de grandes centros urbanos e fortalece a ciência em regiões menos favorecidas. 

Além disso, auxilia gestores públicos a prever surtos e planejar ações preventivas com mais precisão. A IA passa, então, a ser uma ferramenta de inclusão digital e social, promovendo diagnósticos mais rápidos e tratamentos mais eficazes em todo o país. 

A combinação entre inteligência artificial e infraestrutura tecnológica adequada está moldando um novo cenário na saúde, mais rápido, preciso e acessível para todos..

Recursos AWS utilizados em pesquisas de IA

Na jornada de inovação em saúde, pesquisadores enfrentam o desafio de lidar com volumes massivos de dados e modelos cada vez mais sofisticados. Para isso, contar com uma infraestrutura robusta, segura e escalável faz toda a diferença. A AWS oferece um ecossistema completo de serviços que apoia desde as primeiras etapas exploratórias até a produção em larga escala de soluções baseadas em inteligência artificial.

Entre os principais recursos utilizados por equipes de pesquisa, destacam-se:

  • Amazon EC2: com instâncias como c6a.xlarge (otimizada para performance de computação) e p3.2xlarge (com GPU NVIDIA para workloads de deep learning), permite executar modelos com rapidez e eficiência;
  • Amazon S3: oferece armazenamento escalável, seguro e com alta durabilidade, ideal para grandes bases de dados clínicos e imagens médicas;
  • Amazon SageMaker: facilita todo o ciclo de vida dos modelos de machine learning, do treinamento à implantação — com integração a frameworks como TensorFlow, PyTorch, Scikit-learn e XGBoost;
  • AWS Lambda: possibilita a automação de tarefas e o acionamento de funções com base em eventos, sem a necessidade de provisionar servidores;
  • AWS Glue: ferramenta de ETL que auxilia no preparo e limpeza de dados, uma das etapas mais críticas para garantir modelos confiáveis.

Essas soluções permitem que cientistas de dados e profissionais da saúde mantenham o foco em descobertas e inovações, sem se preocupar com limitações técnicas. O ambiente AWS garante não apenas velocidade e performance, mas também governança, segurança e flexibilidade. Elementos essenciais para quem está na vanguarda da pesquisa em IA aplicada à saúde.

Otimização de custos e tempo na pesquisa científica

A transformação digital da ciência passa, inevitavelmente, pela nuvem. Ao migrar para ambientes como o da AWS, centros de pesquisa e universidades conseguem acelerar significativamente o ritmo de seus experimentos e, ao mesmo tempo, reduzir custos operacionais. 

Em vez de depender de infraestrutura física limitada e de alto custo de manutenção, os cientistas passam a contar com instâncias sob demanda, que podem ser ativadas apenas quando necessário, pagando apenas pelo tempo de uso.

Um exemplo prático: modelos complexos que antes exigiam até 45 dias de processamento em ambientes on-premises agora podem ser executados em apenas 3 dias, com o uso de instâncias otimizadas para computação de alto desempenho, como as famílias C6 e P3 da Amazon EC2. Isso significa não só um ganho expressivo de tempo, mas também maior agilidade na validação de hipóteses, publicação de resultados e avanço nas pesquisas.

Além disso, a escalabilidade da nuvem permite paralelizar experimentos, testar múltiplos modelos simultaneamente e ajustar os recursos conforme a complexidade de cada tarefa. Essa flexibilidade garante uma gestão muito mais eficiente do orçamento disponível, sem comprometer a qualidade ou o rigor científico.

Na prática, a nuvem se torna uma aliada estratégica para equipes de pesquisa que precisam fazer mais, em menos tempo, com recursos muitas vezes limitados.

Da teoria à prática: publicações e inovação tecnológica

O uso de IA na saúde, impulsionado por recursos em nuvem, tem se mostrado um catalisador tanto para a produção científica quanto para o desenvolvimento de soluções concretas voltadas ao bem-estar social.

Na Universidade de Pernambuco (UPE), por exemplo, pesquisadores têm se dedicado a estudar doenças que afetam de forma crítica a população brasileira, como malária, tuberculose e arboviroses. Esses estudos resultaram em diversas publicações acadêmicas relevantes, com reconhecimento em eventos e revistas científicas da área.

Mais do que gerar conhecimento, esses projetos têm alcançado a prática. A mesma equipe da UPE desenvolveu dois aplicativos voltados à saúde pública, com foco na prevenção e no monitoramento de doenças em comunidades vulneráveis. Um deles é utilizado por agentes de saúde em campo, facilitando a coleta de dados e a identificação precoce de surtos. O outro serve como canal de orientação e acompanhamento para a população, promovendo o autocuidado e o acesso rápido a informações seguras.

Esses exemplos mostram como a combinação entre pesquisa acadêmica e tecnologia de ponta pode gerar frutos reais, promovendo não apenas o avanço do conhecimento, mas também melhorias tangíveis na vida das pessoas.

A ciência, quando apoiada por infraestrutura adequada e propósito social, deixa de ser apenas teórica e passa a transformar realidades.

Formação de talentos e desenvolvimento de competências digitais

Para que a revolução da inteligência artificial na saúde se consolide, não basta investir apenas em infraestrutura e projetos: é preciso capacitar pessoas.

O domínio de ferramentas de computação em nuvem, linguagens de programação e técnicas de machine learning deve estar cada vez mais presente na formação de profissionais da saúde, ciência de dados e engenharia. Nesse sentido, programas de capacitação como os oferecidos pela AWS Educate e AWS Academy têm desempenhado papel fundamental.

Essas iniciativas oferecem acesso gratuito a conteúdos técnicos, ambientes de laboratório e certificações reconhecidas, permitindo que estudantes e pesquisadores desenvolvam habilidades práticas em ambientes reais de computação em nuvem. Universidades que integram esses programas conseguem preparar melhor seus alunos para os desafios contemporâneos da pesquisa, da inovação e do mercado de trabalho, criando um ecossistema sustentável de talento tecnológico no país.

A capacitação também se estende aos profissionais de saúde, que cada vez mais precisam lidar com tecnologias digitais em seu dia a dia. A alfabetização em dados e o entendimento básico sobre IA tornam-se competências essenciais para interpretar resultados, validar decisões clínicas baseadas em algoritmos e colaborar de forma efetiva com cientistas da computação.

A ciência, portanto, não avança sozinha: ela precisa de pessoas preparadas para transformar conhecimento em impacto.

Parcerias estratégicas e o futuro da ciência na nuvem

O avanço da ciência no Brasil passa, cada vez mais, por colaborações estratégicas entre universidades, centros de pesquisa, hospitais e empresas de tecnologia.

Projetos como o Inova HC, do Hospital das Clínicas da USP, e o dotLAB Brazil, da Universidade de Pernambuco (UPE), exemplificam como essa convergência de forças tem potencial para transformar a produção científica e a aplicação de inteligência artificial na saúde pública.

O Inova HC, por exemplo, atua como um verdadeiro hub de inovação em saúde digital, promovendo a integração entre ciência de dados, startups e pesquisadores para acelerar o desenvolvimento de soluções clínicas baseadas em evidências.

Já o dotLAB Brazil tem se destacado por unir expertise em ciência computacional e medicina tropical para entender padrões epidemiológicos e desenvolver ferramentas tecnológicas voltadas à prevenção de doenças em populações vulneráveis.

Essas iniciativas mostram que a ciência do futuro será colaborativa, conectada e sustentada por uma infraestrutura digital robusta.

O uso de ambientes em nuvem, embora nem sempre visível, é peça-chave nesse processo, permitindo que ideias inovadoras se tornem realidade em menos tempo, com mais eficiência e maior alcance.

O Brasil, ao fortalecer esse ecossistema de parcerias, se posiciona não apenas como usuário, mas como criador de soluções que podem impactar a saúde global.

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