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Setembro Amarelo: a tecnologia como aliada da prevenção ao suicídio

Aproveitamos o Setembro Amarelo, mês de valorização à vida e prevenção ao suicídio, para apresentar alguns recursos desenvolvidos para ajudar pessoas que estão lidando com situações difíceis

Data de Publicação: 11/09/2023

A tecnologia transformou a maneira como vivemos, consumimos e nos relacionamos. Os recursos tecnológicos rompem barreiras físicas, tornam o cotidiano mais prático e são capazes, até mesmo, de contribuir para a saúde mental da população.

Nós, da CodeBit, aproveitamos o Setembro Amarelo, mês de valorização à vida e prevenção ao suicídio, para apresentar alguns recursos desenvolvidos para ajudar pessoas que estão lidando com situações difíceis a encontrar uma rede de apoio, procurar ajuda profissional e automonitorar os gatilhos e os sinais de alarme.

Sobre o setembro Amarelo Segundo a última pesquisa da OMS (realizada em 2019), ao redor do mundo, foram registrados mais de 700 mil suicídios, sem contar os episódios subnotificados. No Brasil, cerca de 14 mil casos ocorrem anualmente, ou seja, em média, 38 pessoas tiram a própria vida, todos os dias.
Nesse contexto devastador, o Setembro Amarelo foi criado, ainda em 2014, por inúmeras entidades, como o CVV (Centro de Valorização da Vida), para proporcionar informação e conscientização sobre a prevenção do suicídio.
Com quase 10 anos de atuação, o movimento promove debates e quebra tabus, permitindo que as pessoas conversem sobre o suicídio em diferentes ambientes sociais, de maneira ampla e consciente, como dentro da família, no trabalho, nas pautas da própria imprensa e também do poder público. Em 2023, o CVV definiu o tema “Acolher é cuidar” para reforçar a importância do acolhimento, da compreensão, da empatia e, principalmente, da abertura ao diálogo.

O papel da tecnologia na prevenção ao suicídio

A tecnologia é uma grande aliada na prevenção ao suicídio, e não faltam motivos para isso. O primeiro deles é o potencial de alcance dos recursos, que podem impactar pessoas em diferentes cantos do globo e em diversas fases das suas vidas. Sem dúvidas, a internet é um poderoso meio de sensibilização, informação e conscientização.
Quando unida à inovação, a força da tecnologia é potencializada. São múltiplas as possibilidades digitais para ajudar àqueles que precisam, desde a criação de aplicativos que monitoram comportamentos, até plataformas completas, para auxiliar pessoas com idealizações suicidas a encontrar o suporte e o apoio necessário, sem que elas tenham que se sujeitar aos processos burocráticos que, geralmente, envolvem os serviços de teleorientações.
A seguir, listamos algumas soluções. Confira nos próximos tópicos.

Apps de monitoramento de risco

Os apps de monitoramento de risco utilizam rastreadores para enviar notificações para contatos selecionados, caso algum comportamento repentino, que indique risco de suicídio, seja identificado.
Como, por exemplo, o envio de alertas aos familiares e a pessoas próximas quando o paciente estiver perto de determinados locais.
Além disso, elas também podem rastrear o telefone e o paradeiro de uma pessoa com risco iminente de autolesão ou automutilação, contribuindo para intervenção presencial ou eventual resgate mais eficaz.

Apps de suporte

Existe uma série de aplicativos que têm o objetivo de oferecer suporte às pessoas em risco de suicídio, como o próprio aplicativo do CVV, que permite que o paciente converse com voluntários prontos para praticar a escuta ativa, empática e sem julgamentos. Tudo isso de maneira 100% sigilosa.

Nos EUA, a associação Legião dos Bons Samaritanos desenvolveu o app chamado Samaritans Radar, que utiliza recursos de IA para monitorar tweets relacionados à automutilação ou à idealização suicida.
Além disso, os usuários cadastrados no app contam com recursos como acompanhamento de humor (para registrar como estão se sentindo), criação de plano de segurança (para encontrar maneiras de se sentirem seguros durante as crises) e apresentação de técnicas validadas (que os ajudam a lidar e a superar situações e sentimentos difíceis).

Plataformas de discussões anônimas

Existem múltiplas plataformas como fóruns, grupos e comunidades em redes sociais, que promovem debates e permitem que os usuários discutam, abertamente, sobre seus pensamentos e sentimentos à respeito do suicídio de maneira anônima.
Na prática, elas atuam como verdadeiras redes de apoio digitais e são muito importantes para pessoas que estão lutando contra os pensamentos suicidas e desejam expressá-los livres de julgamentos ou repercussões negativas.
Além disso, esses ambientes também contribuem para que o paciente procure e ofereça suporte a outras pessoas que estão passando por problemas parecidos.

Terapia de realidade virtual

Muito útil para ajudar pessoas com diferentes condições e problemas relacionados à saúde mental, esse é um recurso que permite a criação de um ambiente virtual seguro e controlado, para manifestar pensamentos, sentimentos e experiências, ajudando os usuários a aceitarem e superarem traumas do passado.

Telemedicina

Existem vários aplicativos e softwares de telemedicina que possibilitam o oferecimento de serviços de assistência médica à distância e, de maneira geral, permitem a interação entre médicos, pacientes e hospitais.
Essa solução propicia o compartilhamento de exames com outros profissionais envolvidos no tratamento, a solicitação de pareceres clínicos especializados e o monitoramento de casos mais complexos.
Os serviços atuam tanto em questões de saúde física, quanto mental, e podem se concentrar em questões específicas, como a automutilação ou os pensamentos suicidas.
Sem dúvidas, essa é uma ação primordial para promover o bem-estar mental e, acima de tudo, salvar vidas, principalmente, considerando que as crises de suicídio envolvem sentimentos agudos de tristeza e sofrimento, em que qualquer barreira que dificulte a busca por ajuda (como a distância de um centro psiquiátrico) pode representar grandes riscos ao paciente.

Conclusão

O mês de setembro é um convite para refletir sobre o que você tem feito por você mesmo (a) e pela sua saúde.
Aproveite o período para voltar os olhos ao seu estado psicológico, identificar quais fatores afetam negativamente o seu quadro emocional e quais medidas podem ser tomadas.
E, se precisar, não hesite em pedir ajuda. Lembre-se: você importa! Sua vida importa! 💛

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