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A origem da IA: como surgiu a Inteligência Artificial?

Saber mais sobre como surgiu a inteligência artificial, nos ajuda a entender e até a imaginar como será o futuro da IA

Postado em 26/03/2025

Maria Clara Xavier

A inteligência artificial (IA) surgiu em meados do século XX, quando cientistas começaram a explorar a possibilidade de criar máquinas capazes de realizar tarefas que exigem a inteligência humana. Desde então, a ferramenta IA evoluiu significativamente, passando por várias fases de desenvolvimento e inovação.

Compreender a origem e a evolução da IA pode nos ajudar a imaginar o futuro, que promete estar cada vez mais integrado à nossa vida cotidiana, contribuindo para a transformação de diversos setores, como educação, saúde, comércio, indústria e muitos outros, trazendo avanços tecnológicos que melhoram a eficiência, a produtividade e a lucratividade nas empresas.

A jornada da IA começou com pioneiros como Alan Turing e evoluiu até as inovações atuais, como carros autônomos e assistentes virtuais. Mas como foi possível chegar até aqui? Nesse artigo, vamos explorar essa trajetória, seus marcos importantes e o futuro promissor da inteligência artificial.

A IA antes da tecnologia

Poucos sabem que o conceito de inteligência artificial surgiu antes do desenvolvimento da tecnologia moderna. Nesse sentido, ideias sobre máquinas inteligentes já eram exploradas desde a Antiguidade, na ficção e na filosofia. Na Idade Média, foram criados dispositivos mecânicos movidos a engrenagens, molas ou sistemas hidráulicos para realizar tarefas simples, embora sem inteligência real.

No entanto, as teorias e experimentos dos cientistas foram fundamentais para descobrir que as máquinas tinham potencial para reaplicar tarefas humanas e possibilitar o desenvolvimento dessa tecnologia, que está em constante evolução.

O que é Inteligência artificial?

A Inteligência Artificial é um dos assuntos mais comentados na atualidade. Essa ferramenta refere-se ao ‘’treinamento’’ de máquinas para desempenhar tarefas e funções básicas que normalmente exigiriam ações da inteligência humana, como, o reconhecimento de padrões, o atendimento, a tomada de decisões e até a solução de problemas.

Na prática, isso é feito por meio de algoritmos matemáticos, que permitem que a IA seja treinada com dados para processar informações, identificar padrões e fazer previsões.

Depois disso, ela pode analisar novos dados e tomar decisões com base no que aprendeu. Nesse sentido, é válido destacar que a IA não cria novos conhecimentos, mas utiliza dados para otimizar escolhas de forma rápida, pois, é capaz de simular o raciocínio humano, aprendendo com as informações e tomando decisões baseadas nelas.

Assim, a IA foi desenvolvida para automatizar tarefas repetitivas e processar grandes volumes de dados, podendo ser utilizada como uma ferramenta que complementa, potencializa e auxilia nas tarefas mais complexas do cotidiano.

Qual é a origem da inteligência artificial?

O conceito de inteligência artificial remonta à Grécia Antiga (XII a.C. até IV d.C.), mas foi no início dos anos 40 que começou a ganhar destaque e ser mais discutida. Sua história foi marcada por figuras importantes que contribuíram para o seu desenvolvimento, inicialmente por meio de estudos teóricos e, posteriormente, testes e aplicações. A origem da IA se deu como resultado do esforço e do estudo de diversos especialistas e pesquisadores

A seguir, você verá uma linha do tempo que destaca a contribuição fundamental desses pesquisadores para o surgimento e o avanço da inteligência artificial. Seus estudos e inovações foram essenciais para transformar a IA no que conhecemos hoje, desde os primeiros conceitos teóricos até as aplicações práticas. 

1936: a Máquina de Turing

O matemático Alan Turing, nascido em 1912, na Inglaterra, é considerado o pai da inteligência artificial pela criação do dispositivo chamado ‘’Máquina de Turing’’. Ele propôs a ideia de que uma máquina poderia ser capaz de simular aspectos da inteligência humana, ou seja, qualquer cálculo que pode ser feito por um algoritmo também pode ser realizado por esse dispositivo. 

Desse modo, o trabalho pioneiro de Turing estabeleceu os princípios fundamentais para o desenvolvimento de computadores modernos e IA. Algum tempo depois, em 1950, ele introduziu o método ‘’Teste de Turing’’, que foi criado para avaliar se uma máquina poderia apresentar comportamento inteligente semelhante ao humano. 

Desde então, o Teste de Turing continua sendo debatido e servindo como um ponto de referência para o significado do conceito de inteligência artificial.

1956: a criação do termo Inteligência Artificial

No ano de 1956, o pesquisador John McCarthy criou o termo ‘’Inteligência Artificial’’, durante a Conferência de Dartmouth, nos EUA, marcando o início formal da pesquisa em IA. A conferência reuniu pesquisadores de diversas áreas para discutir a possibilidade de criar máquinas que simulam aspectos da inteligência humana. 

Esse evento impulsionou o desenvolvimento de Chatsbots e programas capazes de realizar tarefas humanas, influenciando pesquisas e futuras aplicações. 

1966: a criação do primeiro Chatbot

Em 1966, Joseph Weizenbaum desenvolveu um dos primeiros chatbots da história, chamado ELIZA. Esse programa foi projetado para ter a capacidade de obter uma conversa entre computador e humano com simplicidade e naturalidade. 

O projeto destacou o potencial do processamento de linguagem natural e abriu portas a avanços futuros para sistemas que permitem a interação entre humanos e computadores.

1972: IA na área médica

Em 1972, Ted Shortliffee, da Universidade de Stanford, desenvolveu o sistema MYCIN, que foi um dos primeiros sistemas de inteligência artificial feito para contribuir com o diagnóstico e tratamento de doenças. Assim, esse sistema marcou o início da aplicação da IA na medicina, que tem se tornado cada vez mais presente nessa área, como uma ferramenta de suporte.

1980: o inverno da IA

O termo ‘’inverno da IA’’ foi um período de enfraquecimento da pesquisa em inteligência artificial. Nesse contexto, durante esse período, houve uma queda significativa no otimismo e no financiamento de projetos de IA. Isso ocorreu, devido a expectativas excessivas e desafios técnicos na época, que não puderam ser superados. 

Ainda assim, os contratempos desse período foram essenciais para os avanços que surgiram nas décadas seguintes. É válido destacar o impacto do relatório publicado por James Lighthill, em 1973, conhecido por ‘’Relatório de Lighthill’’. 

O matemático fez uma crítica aos progressos da IA, argumentando que as pesquisas não haviam alcançado as expectativas iniciais e apontando as limitações computacionais da época. 

Como resultado desse evento, ocorreu uma desaceleração na pesquisa, e, assim, menos inovações. Apesar disso, alguns pesquisadores continuaram trabalhando na área, desenvolvendo teorias que levariam ao renascimento da IA nos próximos anos.

2000: o início da IA em carros

A partir dos anos 2000, houve uma explosão de avanços na IA, incluindo seu início em carros, com o desenvolvimento de sistemas de assistência ao motorista e tecnologias de segurança.

2010: a IA inserida no cotidiano 

Durante o período de 2010, a IA começa a ser integrada ao cotidiano das pessoas com a popularização de aparelhos móveis, assistentes virtuais, como a Siri, começaram a ser desenvolvidas para esses aparelhos, entre outras aplicações.

2020: a era da IA Generativa

Com os avanços tecnológicos, nos anos seguintes, surge a era da IA Generativa, marcada por avanços visíveis na capacidade das máquinas inteligentes de criar conteúdos originais, como textos, imagens e músicas, transformando diversas indústrias. 

Desse modo, aplicações de IA generativa, como ChatGPT, Google Gemini, Midjourney, entre outras ferramentas, possibilitam a automatização de processos e o aumento da produtividade em várias tarefas.

As principais aplicações da IA no ambiente empresarial

Embora a tecnologia esteja em constante evolução, muitas indústrias já integram a IA em suas rotinas de trabalho. Nesse sentido, essa ferramenta tecnológica tem transformado diversas áreas, com suas diferentes aplicações, proporcionando soluções eficientes para problemas complicados. A seguir, veja os principais exemplos:

Saúde: a IA é bastante utilizada como um suporte aos especialistas, fornecendo diagnósticos precisos, monitoramento de pacientes e até mesmo auxilia no desenvolvimento de novos medicamentos. Seu papel na medicina, é transformador, com a capacidade de analisar grandes volumes de dados médicos.

Finanças: nas finanças, a IA pode ser aplicada na análise de dados de mercado, prever tendências e automatizar negociações frequentes. Assim, é possível aumentar os retornos de investimentos da empresa e reduzir possíveis riscos.

Educação: ao utilizar a IA na educação, pode-se personalizar o aprendizado, adaptando materiais didáticos de acordo com as necessidades individuais dos estudantes, identificando suas dificuldades e melhorando a experiência de aprendizagem, tornando-a mais eficaz.

Agricultura: nessa área, é possível realizar o monitoramento de cultivos e condições climáticas, detectar pragas e aumentar a produção agrícola. Portanto, a produtividade eleva, enquanto otimiza o uso de recursos.

Energia: incorporando as aplicações de IA nas questões que envolvem o uso de energia da empresa, pode-se obter uma gestão eficiente de recursos e prever demandas energéticas.

Logística e Transporte: aplicações de IA nos processos de logística e transporte pode oferecer a otimização de rotas, ajudar na gestão de estoques e prever demandas.

Comercial: na área comercial, é possível automatizar o atendimento ao cliente, como os chatbots, personalizar ofertas e analisar comportamentos de compra.

Riscos e desafios associados à Inteligência Artificial

A inteligência artificial tem impulsionado o avanço tecnológico global, mas também traz impactos negativos. Nesse contexto, a IA enfrenta conflitos éticos relacionados a direitos autorais, e seu uso pode desmotivar interações humanas e até mesmo provocar dependência tecnológica. 

Além disso, existem indivíduos mal-intencionados que podem usar a IA para criar golpes, disseminar informações equivocadas e entre outras ameaças.

Outra questão bastante abordada sobre a IA é que, para muitas pessoas, ela é vista como algo que pode aumentar o desemprego ao automatizar tarefas humanas. Isso tem preocupado a sociedade, pois a tendência é que essa automação tenha o potencial de substituir empregos em diversas áreas, aumentando a desigualdade econômica. 

Por fim, há desafios relacionados ao acesso limitado a dados já que a IA pode acabar tomando decisões erradas sem o julgamento crítico dos humanos.

O futuro da Inteligência Artificial

Os avanços da IA estão cada vez mais sendo desenvolvidos para resolver problemas e otimizar tarefas. Entretanto, seu futuro espera muitos desafios, como a diminuição do controle humano sobre essa tecnologia.

Além disso, especialistas estimam que há 50% de chance de as máquinas alcançarem a inteligência humana até 2040. 

Ao analisar o cenário atual, é possível afirmar que a IA tem feito um papel essencial, especialmente em áreas como saúde, transporte, educação e entretenimento, e suas tecnologias continuarão a evoluir. 

Isso comprova a importância de indústrias começarem a adotar as aplicações de IA, para não ficarem ultrapassadas.

Em resumo, conhecer a história da IA é essencial para entender seu estado atual e prever seu futuro. Sendo assim, é possível identificar tendências, antecipar riscos e direcionar o desenvolvimento dessa tecnologia, obtendo a visão de como ela pode evoluir e impactar o mundo.

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Até o próximo post!