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Abril Azul: Tecnologia e autismo: como os recursos ajudam as pessoas no TEA?

Nós, da CodeBit, aproveitamos o Abril Azul, Mês de Conscientização sobre o autismo, para apresentar alguns recursos capazes de beneficiar pessoas autistas.

Data de Publicação: 17/04/2024

Não é que a tecnologia transformou a maneira como vivemos, consumimos e nos relacionamos?
Afinal, além de romper as barreiras físicas e tornar o cotidiano mais prático, os recursos tecnológicos podem, até mesmo, contribuir para a saúde e a inclusão da população neurodivergente.

Nós, da CodeBit, aproveitamos o Abril Azul, Mês de Conscientização sobre o autismo, para apresentar alguns recursos capazes de beneficiar pessoas autistas, fazendo com que elas se sintam mais acolhidas e facilitando o desenvolvimento das suas habilidades.
Siga com a leitura e acompanhe!

Como os recursos tecnológicos ajudam as pessoas no TEA?

Em um passado não muito distante, uma pessoa autista não verbal, ou com dificuldades de comunicação precisava encontrar seus próprios meios de interagir com o mundo ao seu redor.
Muitas delas recorriam aos PECS (Sistema de Comunicação por Troca de Figuras), ou emitiam mensagens por meio de fotos ou desenhos.
Contudo, graças aos avanços da tecnologia, agora, as pessoas com TEA (transtorno do espectro autista) podem utilizar tablets e celulares para baixarem aplicativos de comunicação alternativa (alguns, até com simulação de voz) e se expressarem verbalmente com mais facilidade.

Essas ferramentas, além de otimizarem a comunicação, ainda garantem mais independência, autoestima e segurança aos autistas.
Confira, a seguir, como os recursos tecnológicos podem ajudar, também, no desenvolvimento das habilidades interpessoais das pessoas com autismo, propiciando-lhes, inclusive, maiores chances de inserção social.

Habilidades linguísticas

Atualmente, existem alguns aplicativos e plataformas desenvolvidos especialmente para auxiliarem crianças autistas no aprendizado de habilidades linguísticas.
Com abordagem personalizada, eles se adaptam às facilidades e às dificuldades de cada estudante, por meio de um ambiente de ensino envolvente e interativo.

Realidade Virtual e aumentada

As tecnologias de Realidade Virtual e Aumentada também podem ser ótimas aliadas no desenvolvimento de competências interpessoais das pessoas autistas.
Inclusive, esses recursos têm sido aplicados para viabilizar a criação de ambientes simulados, que auxiliam nas habilidades de cognição e socialização, permitindo uma interação saudável, segura e controlada, por meio de jogos, comunidades, fóruns e muito mais.

Jogos

No mundo dos games, as pessoas autistas também podem encontrar a acessibilidade de que precisam, com jogos terapêuticos, projetados exclusivamente para indivíduos neuroatípicos, como, por exemplo o Jade APP, uma plataforma completa, desenvolvida de acordo com técnicas baseadas em evidências científicas, com jogos para crianças e adolescentes com autismo, dificuldades de aprendizagem e outros diagnósticos, como dislexia.
Os jogos podem ser incluídos, até mesmo, no processo de aprendizagem, afinal, a chamada gamificação (abordagem que integra o ensino a recursos de jogo como pontos, níveis e recompensas) torna os estudos mais dinâmicos e atrativos, melhorando, significativamente, o desempenho dos alunos com autismo.

Sem dúvidas, os exemplos citados acima reforçam o quanto a tecnologia, quando aplicada de maneira prudente e eficaz, pode ajudar na autoestima e na autonomia das pessoas autistas, aumentando a sua motivação para a realização de tarefas cotidianas, facilitando a organização e promovendo a independência.
Diante de todos os benefícios apresentados, fica evidente o quanto esses fatores contribuem para a saúde mental dos indivíduos.

Agora que você já sabe como os recursos tecnológicos podem beneficiar pessoas com TEA, descubra, nos próximos tópicos, como a utilização da tecnologia pode auxiliar no diagnóstico e no tratamento de neurodivergências.

Diagnóstico

O avanço dos softwares especializados tornou a análise de eletroencefalogramas mais rápida e precisa, facilitando significativamente o diagnóstico de autismo.
Essas ferramentas permitem uma análise mais detalhada das ondas cerebrais, o que ajuda os profissionais de saúde a identificarem padrões associados ao Transtorno do Espectro Autista (TEA).

Além disso, aplicativos e questionários online estão sendo, cada vez mais, utilizados por profissionais de saúde para organizarem as informações do paciente.

Essas ferramentas permitem registrar e monitorar os sintomas do TEA, coletar e organizar informações sobre comportamento e comunicação, facilitando o acompanhamento do paciente ao longo do tempo.
Essa abordagem, mais organizada e sistemática, auxilia na identificação de padrões de comportamento e na avaliação da eficácia de diferentes tratamentos e intervenções.

Otimização da análise biométrica

Os novos recursos tecnológicos direcionados à análise de dados biométricos estão revolucionando a maneira como o TEA é diagnosticado e monitorado. A partir de dispositivos portáteis e não invasivos, é possível monitorar padrões de sono, frequência cardíaca e movimentos oculares com uma precisão que, até pouco tempo, era inimaginável.
Essas informações fornecem insights valiosos para os profissionais da saúde, que podem ter acesso sobre o funcionamento do cérebro e o comportamento do paciente. Como exemplo, podemos citar os padrões anormais de sono - que podem ser um indicador precoce de autismo em crianças.

Telemedicina

A telemedicina é a prática da medicina à distância, utilizando tecnologia de comunicação para permitir que médicos e pacientes interajam e compartilhem informações médicas sem estarem fisicamente presentes no mesmo local.
A solução permite que médicos e outros profissionais da saúde monitorem uma pessoa autista à distância, facilitando a verificação do quadro geral e proporcionando atendimento personalizado e eficaz.

Saúde mental

Por fim, é importante considerar que as pessoas autistas têm maneiras distintas de processar informações, vivenciar o mundo ao redor, aprender e absorver mensagens e conteúdos.
Por vezes, as características únicas que apresentam podem levar às dificuldades de comunicação e expressão, provocando estigmas sociais, práticas de bullying e muito mais.
Por este motivo, pessoas com TEA têm maior probabilidade de desenvolver problemas de saúde mental, como ansiedade e depressão.
Contudo, com o suporte proporcionado pela ciência, em conjunto com a tecnologia, essas pessoas podem encontrar novas maneiras de superarem essas adversidades e encontrarem o equilíbrio emocional, seja por meio de apps de meditação, plataformas de terapia on-line, fóruns educativos direcionados, redes de apoio e muito mais.

Conclusão

Nós, da CodeBit, apoiamos o movimento Abril Azul e acreditamos que ele envolve, sobretudo, um convite à reflexão e à ação. Em razão disso, nosso propósito maior é nos envolvermos com seriedade e empatia nesta realidade das diferenças. Acreditamos que nossa maneira de contribuir é procurar esclarecer os leitores sobre o autismo e mostrar as ferramentas tecnológicas existentes que podem melhorar a qualidade de vida das pessoas com TEA.

Quando unimos forças para promover a conscientização e a inclusão, contribuímos para a construção de uma sociedade que valoriza a diversidade e oferece igualdade e oportunidades para todos.

A jornada em direção ao apoio efetivo às pessoas com Transtorno do Espectro Autista e suas famílias continua, e cada passo dado nesse caminho é um passo em direção a um mundo mais empático e inclusivo.

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Um grande abraço e até o próximo post!

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