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Além das VPNs: o futuro da conectividade remota segura

À medida que mais empresas adotam serviços de nuvem e trabalho remoto, as limitações das VPNs estão se tornando óbvias

Postado em 29/04/2025

Maria Clara Xavier

Com o aumento da adoção do trabalho remoto e dos serviços em nuvem, as VPNs tradicionais estão deixando de atender às exigências de segurança, desempenho e escalabilidade das empresas modernas.Neste artigo, exploraremos os desafios e limitações do modelo tradicional, apresentando soluções que estão mudando o futuro da conectividade remota segura. Além das VPNs, exploraremos o Zero Trust Network Access (ZTNA), o Secure Access Service Edge (SASE) e outras soluções que estão ganhando espaço como alternativas mais seguras, ágeis e adaptadas à realidade e necessidades atuais. 

As limitações das VPNs tradicionais no ambiente de trabalho moderno

As VPNs (Visual Private Network) tiveram um papel importante na história da segurança digital, e por muito tempo foram vistas como a solução ideal para garantir essa segurança remota a redes corporativas. Entretanto, ao analisar o cenário atual, é possível identificar que houveram mudanças no modo de trabalho, atualmente, os colaboradores podem optar por exercerem suas atividades através do modelo home office ou de qualquer lugar que tenha Wi-Fi, como cafeterias, lanchonetes ou restaurantes.

Assim, surgiu a necessidade de utilizar ferramentas baseadas em nuvem, e as VPNs não foram feitas para essa nova realidade. Diante do exposto, uma das maiores limitações das VPNs é a escalabilidade, em que a conexão é sobrecarregada quando muitos funcionários tentam acessar a rede ao mesmo tempo. Isso pode gerar lentidão e os usuários podem ficar frustrados, principalmente por não possuírem familiaridade com tecnologia.

A VPN segue um modelo de segurança baseado em perímetro, ou seja, uma vez dentro da rede, tudo é seguro, mas o perigo pode estar em credenciais roubadas ou acessos indevidos. 

Outro ponto importante é a falta de controle refinado, em geral, as VPNs não oferecem políticas de acesso detalhadas, o que faz com que os usuários muitas vezes tenham mais permissões do que precisam, um risco considerável, especialmente em casos de contas comprometidas. 

É válido ressaltar, que as VPNs não se dão bem com ambientes em nuvem, em que os dados e os serviços estão espalhados entre diferentes plataformas. A arquitetura da nuvem exige soluções mais dinâmicas capazes de lidar com a distribuição de forma mais segura, contudo, a VPN tradicional não foi projetada para para operar dessa forma. Assim, percebemos que o cenário atual pede por soluções mais modernas, eficientes e que não prejudiquem a experiência do usuário.

Zero Trust Network Access: um novo modelo em segurança remota

O modelo Zero Trust Network Access (ZTNA), ou confiança zero, está transformando a segurança no acesso remoto ao abandonar a ideia de que estar “dentro da rede” é suficiente para garantir confiança. Nesse contexto, em um cenário com trabalho descentralizado e serviços em nuvem, esse novo modelo parte do princípio de que nenhum acesso é confiável por padrão, já que, uma única conta comprometida pode colocar tudo em risco.

Nessa lógica, o ZTNA pode ser considerado a evolução natural das VPNs tradicionais. Isso porque, em vez de abrir um túnel que dá acesso amplo à rede interna, o ZTNA questiona ''quem você é e o que quer acessar?''. Dessa maneira, ele garante que cada usuário e dispositivo só tenha acesso aos recursos específicos que precisa. Criando, assim, uma camada extra de proteção muito mais alinhada com a realidade atual, ideal para lidar com os riscos modernos externos e internos nas organizações.

SASE: a fusão de rede e segurança em um único modelo na nuvem

Vamos falar sobre o SASE (Secure Access Service Edge), que, na prática, funciona como um amigo eficiente que resolve problemas unindo rede e segurança em um só lugar - na nuvem. Por muito tempo, a infraestrutura de TI das empresas funcionava por meio de soluções isoladas, cada parte cuidando de um pedaço do problema. No entanto, o cenário mudou, e com a explosão do trabalho remoto e a popularização dos serviços em nuvem, surgiu a necessidade de algo mais ágil, integrado e inteligente. 

Em vista disso, é aí que entra o SASE. Ele substitui a abordagem tradicional, onde cada solução de segurança e conectividade opera separadamente, e oferece tudo isso de forma coordenada e ágil. 

O SASE combina ferramentas importantes, como: firewall como serviço (FWaaS), acesso zero trust (ZTNA), segurança para aplicações em nuvem (CASB), gerenciamento de tráfego inteligente com SD-WAN, entre outros.

O SASE é capaz de se adaptar às necessidades modernas, permitindo que colaboradores acessem sistemas com segurança e agilidade de qualquer lugar, sem as limitações das VPNs. Por operar na nuvem, ele resolve problemas de lentidão das VPNs tradicionais ao direcionar o tráfego, otimizando a experiência do usuário. É uma solução prática e alinhada ao novo jeito de trabalhar, tornando-se o próximo passo na modernização digital.

VPN, SDP ou SASE: como escolher o melhor caminho? 

Se você está buscando a melhor forma de garantir acesso remoto seguro para sua equipe, provavelmente já se deparou com essas três siglas: VPN, SDP e SASE. Mas afinal, qual delas faz mais sentido para o seu negócio? Fazer uma escolha entre VPN, SDP ou SASE pode parecer complicado, mas tudo depende das necessidades da sua empresa, especialmente se já usa nuvem ou IA no dia a dia. A seguir, veja um comparativo entre as opções para auxiliar na sua decisão:

VPN: apesar de ser uma tecnologia mais antiga, a VPN ainda é útil para empresas pequenas, freelancers e uso pessoal, oferecendo uma proteção básica e acessível, que é o necessário em alguns casos. Nessa concepção, é uma solução mais econômica, fácil de configurar e funciona bem em redes simples. Em analogia, ao lidar com estruturas maiores ou acessos mais complexos, suas limitações aparecem, como segurança insuficiente e desempenho lento, prejudicando a experiência do usuário.

SDP: o Software Defined Perimeter é uma solução mais estruturada e segura, ideal para empresas que lidam com dados sensíveis, usam nuvem ou inteligência artificial. O SDP se baseia no modelo de confiança zero, então, só concede o acesso após verificar o usuário, dispositivo e contexto, garantindo maior controle e segurança do que a VPN. Sob essa ótica, embora seja altamente eficaz para proteger sistemas, exige uma implementação mais estruturada e pode ser menos intuitivo para empresas que ainda estão presas em modelos tradicionais.

SASE: como já discutido anteriormente, a solução SASE une segurança e rede em um único modelo baseado em nuvem. Por isso, é ideal para empresas que possuem equipes distribuídas, ambientes híbridos e uso intenso de aplicativos e plataformas em nuvem. Nesse sentido, o SASE é capaz de garantir escalabilidade, forte segurança, tráfego otimizado e melhor fluidez na experiência do usuário. Em vista exposto, apesar de exigir um planejamento e custo inicial, é uma alternativa viável para organizações que já possuem maior maturidade digital.

Ao analisar essas três soluções, é possível concluir, que escolher entre VPN, SDP ou SASE não é sobre qual é “melhor” no geral, mas sim qual caminho faz mais sentido para o momento da sua empresa. Cada solução tem seu lugar, suas vantagens e desvantagens, o importante é alinhar tecnologia com realidade.

Qual a importância da compatibilidade com infraestrutura em nuvem?

Atualmente, as empresas estão cada vez mais distribuídas, com equipes trabalhando de diferentes cidades, países, até mesmo operando em fuso horários opostos. Ao mesmo tempo, os sistemas corporativos funcionam em uma variedade de plataformas, ambientes híbridos e serviços terceirizados.

Por consequência, considerando o cenário dinâmico e descentralizado, contar com soluções compatíveis com a nuvem deixou de ser um diferencial estratégico e se tornou uma necessidade para garantir a segurança operacional.

Bem como, algumas soluções modernas de conectividade, como o SASE e o SDP, já são elaboradas com preparo para lidar com ambientes híbridos e multicloud. Além do mais, a nuvem ajuda a reduzir custos, já que você paga pelo que usa, escala quando precisa e reduz quando o movimento cai. Nesse cenário, outro ponto que faz a nuvem brilhar é a agilidade, é muito mais fácil manter o controle das operações, mesmo com equipes remotas ou em home-office.

Vale destacar, que apostar na compatibilidade com infraestrutura em nuvem não só é mais seguro, mas também, importante para se preparar para o agora e para o que vem depois. Mas claro, tudo isso só alcança resultados eficientes com soluções bem estruturadas, oferecidas por empresas confiáveis, que contam com bons serviços e data centers confiáveis.

Qual o papel da IA e do Machine Learning na Segurança Remota?

Quando falamos em segurança remota, já não dá mais para tratar o assunto apenas como tendência, ela se tornou parte essencial da estratégia digital de qualquer empresa. Ou seja, em tempos de conexões móveis e equipes espalhadas pelo mundo, a segurança remota deixou de ser uma opção e passou a ser prioridade. Nesse cenário, a Inteligência Artificial (IA) e o Machine Language (ML) entram em cena, atuando como verdadeiros “super-heróis digitais” na detecção e redução de ameaças.

Podemos afirmar que a IA, com a ajuda do Machine Language, é capaz de analisar toneladas de dados em tempo real e identificar padrões que podem indicar algo suspeito, como uma tentativa de invasão ou comportamento fora do comum, permitindo que o sistema fique cada vez mais inteligente. O futuro tende a trazer avanços e modelos ainda mais avançados nessa área, para proteger redes corporativas.

É válido destacar, que a IA e o Machine Learning na segurança remota não são só ferramentas, mas verdadeiros aliados em um cenário onde as ameaças evoluem a cada segundo. A IA funciona como um escudo inteligente, sempre ligado, sempre aprendendo, e cada vez mais essencial nesse mundo digital que não para, se mostrando especialmente valiosa em ambientes corporativos com acesso remoto, onde os dispositivos estão espalhados em várias redes e locais diferentes.

O que esperar sobre os próximos passos para a conectividade remota?

Nos últimos anos, aprendemos que o trabalho remoto criou a necessidade de se manter tudo conectado, e ao mesmo tempo seguro, mas o futuro da conectividade remota vai muito além da implementação de novas ferramentas. Estamos falando de um novo cenário, onde tecnologias inteligentes, aprendizado de máquina e automações vão ditar as regras do jogo.

Nesse entendimento, pode-se esperar, primeiramente, que as soluções de acesso remoto irão continuar evoluindo, com foco em experiências mais fluidas e seguras. É importante apontar que não basta adotar uma ferramenta de última geração se a equipe não estiver preparada para usá-la com consciência e responsabilidade. É essencial construir uma cultura de segurança baseada no engajamento e na capacitação de todos dentro da empresa. 

O futuro da conectividade remota traz automação, acessos personalizados e segurança preditiva, mas, o diferencial será unir a tecnologia de ponta com o esforço humano constante, para criar ambientes digitais mais seguros e preparados para o inesperado. Tudo isso está acontecendo e promete transformar cada vez mais a forma como nos conectamos.

Agora que você já sabe um pouquinho sobre como a compatibilidade com a infraestrutura em nuvem pode transformar o seu negócio, que tal dar o próximo passo com a CodeBit

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