/// Terceiro Setor

Os desafios do terceiro setor no pós pandemia

Confira no CodeBlog um panorama sobre o impacto da pandemia no cenário filantrópico e as mudanças provocadas no terceiro setor.

Data de Publicação: 26/10/2020

No mês de março, com a chegada do coronavírus no Brasil e a adoção da quarentena como forma de prevenir o contágio da covid-19, muitas pessoas viram suas vidas mudarem drasticamente. Empresas romperam contratos, crianças deixaram de frequentar escolas, funcionários tiveram que adotar o home Office, e os estudantes precisaram migrar para as aulas online. Isso, sem falar nas mais de 150 mil vidas perdidas e famílias que sofreram com a partida de seus entes.

Entre todos esses conflitos, muito pouco se falou sobre o terceiro setor, que atuou de forma emergencial na tentativa de suprir a demanda por serviços na área da saúde. A Organização da Sociedade Civil (OSCs), em conjunto com fundações filantrópicas, se esforçou para arrecadar doações e distribuiu diversos itens básicos, como alimentos e produtos de higiene.

Segundo o Monitor das Doações COVID-19, desenvolvido pela Associação Brasileira de Captadores de Recursos, mais de R$ 6,3 bilhões de reais foram doados por mais de 500 mil pessoas e/ou empresas que abraçaram a causa.

De acordo com a pesquisa realizada pelas consultorias Mobiliza e ReosPartners, as organizações realizaram grandes movimentos para atender e assistir as populações afetadas pela pandemia:

50% distribuíram alimentos ou produtos de higiene para as populações já atendidas; 44 % se adaptaram ao ambiente digital; 37 % desenvolveram ações de prevenção e conscientização sobre o coronavírus.

Contudo, por mais que a pandemia ainda não tenha chegado ao fim, o retorno à normalidade e o relaxamento das medidas de prevenção por grande parte da população, bem como a redução no número de doações, obrigaram as entidades do Terceiro Setor a refletirem sobre o que esperar dos próximos meses.

Isso porque, embora as contribuições tenham atingido patamares históricos (principalmente às relacionadas à saúde), elas já estão diminuindo consideravelmente. Ou seja, um dos principais desafios do terceiro setor será manter essa porta (e os corações) abertos.

De fato, qualquer ser humano tende a ajudar mais em casos de emergência. O amparo àqueles que precisam ocorre em momentos específicos e não de forma planejada e frequente.

Por esse motivo, é preciso, não somente aumentar o número de doadores, como formar doadores recorrentes.

 

Os próximos passos do terceiro setor

Por mais que a fase mais conturbada da pandemia tenha, aparentemente, passado, o fato é que os processos nunca mais serão os mesmos. Portanto, um planejamento prévio é essencial para garantir que as organizações continuem a captar recursos. É preciso aproveitar o fôlego para compreender como retornar à nova realidade - que envolve menos contato e inúmeras restrições.

Por mais incerto que o cenário atual pareça ser, planejar o futuro no presente é uma alternativa para encontrar respostas às ameaças de queda na captação de recursos.

Além disso, é preciso evidenciar a força do ambiente digital daqui para frente.

De fato, as organizações que mais dependiam do trabalho presencial foram as que mais sofreram no enfrentamento da crise. Enquanto aquelas que já estavam mais adaptadas às novas tecnologias lidaram melhor com as adversidades impostas.

Sem dúvidas, a pandemia trouxe consigo a necessidade de inovação.

Portanto, daqui para frente, algumas capacidades serão essenciais para fazer com que as informações fluam com mais velocidade, como a automação de processos, adoção do trabalho remoto, digitalização de atividades e sistemas que concebam maior autonomia para que as equipes desenvolvam as ações propostas. Esse é o momento de analisar e coletar o máximo de informações disponíveis sobre caixa, recursos e investimentos, para estabelecer a melhor forma de relacionamento com os atendidos, parceiros e sociedade em geral.

 

Os saldos positivos

Por fim, é preciso destacar que a pandemia reforçou a atuação das ONG’s. Afinal, nos últimos seis meses, o número de doações às Organizações não governamentais e entidades filantrópicas saltou consideravelmente. Agora, o importante é manter essa ressonância ativa e trabalhar para que a imagem do terceiro setor seja vista de forma cada vez mais positiva. Nesse contexto, os veículos midiáticos como portais de notícias, jornais televisivos ou revistas impressas podem ajudar bastante.

Outro ponto positivo que merece destaque é o fato da pandemia ter aberto a porta da solidariedade para os brasileiros, visto que o nosso país não tem uma cultura de doações estabelecida. A partir de agora, o ato de fazer o bem se tornou uma ferramenta mais palpável e tudo indica que esse será o caminho para um setor filantrópico mais notório.

 

E você, gostou de descobrir os maiores desafios do terceiro setor no pós pandemia?

Continue ligado no CodeBlog, em breve, teremos muitas novidades por aqui.

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